O levantamento mensal da Embrapa Suínos e Aves aponta que Santa Catarina foi o estado sulino que enfrentou o maior custo de produção do frango em 2024. O valor médio dos sete primeiros meses do ano girou em torno dos R$4,56/kg – uma diferença de cerca de 14 centavos em relação ao Paraná, cujo preço médio foi de R$4,42/kg.

O custo superior, com pouco mais de 3% diferença, parece não ter maior expressão. Mas considerada, por exemplo, uma produção mensal em torno das 150 mil toneladas (volume mensal aproximado produzido em abatedouros catarinenses sob inspeção no 1º trimestre de 2024, segundo últimos dados divulgados pelo IBGE), significa que Santa Catarina gasta pelo menos R$20 milhões a mais para produzir a mesma quantidade obtida pelo Paraná.

Mas de onde provém essa diferença de custo? Os dados relativos a julho passado indicam que ela está concentrada, sobretudo, na genética (pintos de um dia), cujos dispêndios em Santa Catarina são pelo menos um terço maiores que os do Paraná. E isto pode estar relacionado ao fato de a criação catarinense ser parcialmente suprida com material genético proveniente dos dois estados vizinhos.

O custo do transporte também é maior em Santa Catarina. Com isso, a situação seria pior não fosse o fato de as despesas com alimentação serem menores que as do Rio Grande do Sul e Paraná.

Considerado o custo médio dos sete primeiros meses de 2024 (valores apontados no gráfico abaixo), o de Santa Catarina registrou queda anual de 13%, o do Rio Grande do Sul de 16% e o do Paraná de 9%.

Fonte: AviSite
Créditos da Imagem: AviSite